Hoje nossos corpos se espreguiçaram,
bocejaram, alongaram e se desentenderam. A dança trabalha com a resistência
física, com o conhecimento anatômico e o pensamento lógico muitas vezes é
preciso sair de todos esses estados e simplesmente não pensar na lógica. Hoje
fizemos uma viagem enriquecedora entre ossos, músculos e outros órgãos. Saímos
em direção aos ísquios, lá conectamos os glúteos, coxas e tíbia. Depois
chegamos até as costelas, o trapézio e as omoplatas. A seguir lutamos contra a
gravidade, nos posicionando verticalmente e exploramos o espaço que é imenso a
nossa volta.
A transferência do peso, a consciência
do medo. Executamos sequencias, e esbanjamos nos tempos e compassos. Em pêndulos,
contrações, torções, oposições e um pouco mais de entendimento sobre o corpo, esse
lugar onde moramos e existimos. Nele pensamos, comemos e agimos. O nosso corpo
é tudo que temos para nos relacionar com o mundo, que também são outros corpos
em processo eterno de descobertas.
Hoje a dança foi dinâmica e
racional, foi matemática e no tempo certo, hoje compreendemos que o corpo é
feito de sentimentos, que representam movimentos, hoje dançamos e suamos de
forma rejuvenescedora. Pois dançar é permitir-se nascer a cada nova dança.
Obrigado Luciana Lara.
Valdemar Piauí 17 de março 2016.
Brasília DF.
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