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quinta-feira, 17 de março de 2016

dança de hoje

Hoje nossos corpos se espreguiçaram, bocejaram, alongaram e se desentenderam. A dança trabalha com a resistência física, com o conhecimento anatômico e o pensamento lógico muitas vezes é preciso sair de todos esses estados e simplesmente não pensar na lógica. Hoje fizemos uma viagem enriquecedora entre ossos, músculos e outros órgãos. Saímos em direção aos ísquios, lá conectamos os glúteos, coxas e tíbia. Depois chegamos até as costelas, o trapézio e as omoplatas. A seguir lutamos contra a gravidade, nos posicionando verticalmente e exploramos o espaço que é imenso a nossa volta.
A transferência do peso, a consciência do medo. Executamos sequencias, e esbanjamos nos tempos e compassos. Em pêndulos, contrações, torções, oposições e um pouco mais de entendimento sobre o corpo, esse lugar onde moramos e existimos. Nele pensamos, comemos e agimos. O nosso corpo é tudo que temos para nos relacionar com o mundo, que também são outros corpos em processo eterno de descobertas.
Hoje a dança foi dinâmica e racional, foi matemática e no tempo certo, hoje compreendemos que o corpo é feito de sentimentos, que representam movimentos, hoje dançamos e suamos de forma rejuvenescedora. Pois dançar é permitir-se nascer a cada nova dança. Obrigado Luciana Lara.


Valdemar Piauí 17 de março 2016. Brasília DF.


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